A IA agêntica é uma inovação promissora e tem sido vista como “a próxima fronteira” da inteligência artificial, para além da IA generativa.
Os agentes inteligentes já têm transformado diversos segmentos de mercado. Não deve demorar para que chegue ao marketing digital e jurídico. Já é possível vislumbrar como a IA agêntica será capaz de transformar a forma como escritórios de advocacia e departamentos jurídicos atraem e se relacionam com clientes.
Os escritórios de advocacia que souberem integrar essa tecnologia de forma estratégica poderão se destacar no mercado, otimizando processos, melhorando a interação com clientes e tornando suas campanhas de marketing mais eficazes.
Entenda como a IA fará o futuro do marketing jurídico ser cada vez mais guiado por decisões autônomas e baseadas em dados, e como a IA agêntica poderá se tornar um recurso poderoso para a advocacia moderna.
O que é IA agêntica?
A inteligência artificial (IA) agêntica é um tipo de IA que toma decisões e executa ações autonomamente. Ela não depende tanto dos direcionamentos e supervisão humanos quanto a IA “tradicional”, podendo processar uma alta quantidade de dados e realizar operações de variados níveis de complexidade de forma independente.
Basicamente, os agentes inteligentes (como têm sido chamadas as IAs agênticas) são mais orientados para resultados, diferentemente das outras IAs nas quais o humano precisa ter a iniciativa de “destrinchar” processos e delegar à IA etapas e análises desse processo para, depois, chegar a uma conclusão e praticar uma ação. A Harvard Business Review definiu de forma interessante a forma como a IA agêntica atua: “ela é focada em tomar decisões em vez de criar conteúdo“.
Como a IA agêntica tem sido usada no mercado?
A IA agêntica tem sido usada de forma experimental para testar ideias e implementar inovações. É o caso, por exemplo, da IA “ChemCrow”, um modelo de linguagem elaborado para ser um agente químico que executa tarefas e faz design de materiais, como a criação de novos compostos orgânicos.
Em alguns nichos, como a tecnologia da informação e a automação industrial, a implementação de agentes inteligentes já é uma realidade em diversos países. No Brasil, ainda é uma novidade. Mas segundo uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), cerca de 40% das grandes empresas brasileiras têm planos de integrar a IA agêntica em suas operações até 2025.
4 exemplos de como a IA agêntica pode impactar o marketing jurídico
A adoção da IA agêntica no marketing jurídico pode transformar diversas práticas e estratégias utilizadas pelos escritórios de advocacia e seus departamentos ou assessorias de marketing.
Por exemplo:
Chatbots e assistentes virtuais mais sofisticados
Os chatbots baseados em IA agêntica podem interagir com clientes de maneira mais fluida e natural, respondendo a perguntas básicas sobre o serviço ou sobre o ramo do Direito de interesse do cliente, tudo dentro dos limites éticos direcionados pela OAB.
Análise de tendências para planejamento de pauta e estratégias de conteúdo
Os agentes inteligentes podem monitorar constantemente o mercado jurídico e o mercado em geral, identificando tendências relevantes, mudanças regulatórias e oportunidades de crescimento para que os escritórios possam adaptar suas estratégias de marketing de conteúdo.
Automatização da geração de leads
A IA agêntica pode atuar de forma autônoma na identificação e qualificação de leads, utilizando análise preditiva para encontrar potenciais clientes com base em padrões de comportamento e histórico de interação com conteúdos digitais, sem precisar da validação de um ser humano.
Otimização de campanhas de publicidade (tráfego pago, SEO etc)
A IA agêntica pode gerir e otimizar campanhas de anúncios online, ajustando orçamentos e públicos-alvo em tempo real para maximizar o retorno sobre investimento (ROI).
Essas são algumas maneiras pelas quais já parece natural que a IA agêntica vá trazer disrupções às práticas de marketing jurídico. Naturalmente, conforme as opções disponíveis no mercado se aperfeiçoarem e as empresas responderem a isso, novas mudanças e tendências virão.
A In Company continuará acompanhando essas inovações e as formas como elas transformarão a realidade de advogados e escritórios para incrementar reputação e receitas por meio do marketing.
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Alexandre de Souza Teixeira
Head – Sócio Fundador da IN COMPANY e especialista em marketing médico e saúde em geral.
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