O uso das redes sociais como ferramentas de marketing, comunicação e vendas já são um caminho sem volta. Elas se estabeleceram como ferramentas poderosas para empresas de todos os setores, inclusive na advocacia.
Mesmo assim, muitos advogados ainda subestimam o potencial das redes sociais em sua estratégia de marketing. Ou insistem em usá-las segundo táticas tradicionais ou pouco adaptadas para a realidade de cada rede e cada público-alvo. Não faça isso!
Não desperdice o potencial das redes sociais no marketing jurídico. Vamos entender como usá-las do jeito certo.
Quais são as redes sociais permitidas pela OAB?
A OAB não proíbe o uso de nenhuma rede social em específico. Ela apenas traz diretrizes para o uso das redes sociais e veda algumas práticas que podem ter lugar nelas, como a divulgação de valores ou outras práticas comerciais, ou a resposta habitual a dúvidas jurídicas dos usuários.
A OAB determina que a publicidade advocatícia deve ter caráter meramente informativo, e ser sóbria e discreta (art. 39 do Código de Ética). Todas essas características são compatíveis com todas as principais redes sociais, em termos de formato e natureza dos conteúdos que podem ser publicados nelas.
Na prática, você pode achar que o perfil de uma rede não seja compatível com o perfil da publicidade com a OAB. Mas isso não necessariamente significa que você deva seguir o mesmo perfil dos conteúdos de uma rede, embora possa sim significar que você possa considerar isso ao escolher as redes nas quais vai querer investir.
Principais estratégias de marketing jurídico nas redes sociais que geram os melhores resultados
As funcionalidades das redes sociais possibilitam várias ações estratégicas.
Vamos conferir quais são as finalidades mais exploradas nas estratégias de marketing jurídico que usam as redes sociais.
Construção de marca, posicionamento e visibilidade
Ter uma presença nas redes sociais pode ser determinante para construir a marca de um escritório de advocacia ou a marca pessoal de um advogado. Isso acontece não só por meio do aumento de visibilidade e alcance de audiência, mas também pelas escolhas estratégicas que você faz para divulgar a si mesmo e sua marca.
Afinal, ter e gerir uma marca não consiste apenas em se mostrar até se tornar conhecido, mas também, em construir na mente do público a imagem que você quer que ele tenha de você (Posicionamento). Redes como LinkedIn, Facebook e Instagram oferecem oportunidades únicas nesse sentido.
Para isso, é importante contar com uma assessoria especializada e fazer escolhas conscientes sobre o que, o quanto e como você posta conteúdo e edita seu perfil e suas páginas.
Marketing de conteúdo e educação do público
Redes sociais são terrenos férteis para conteúdos educativos.
Naturalmente, quando falamos em conteúdos educativos, não necessariamente nos referimos a conteúdos elaborados em formato de aula ou instrução. Basta que o conteúdo tenha por finalidade entregar uma informação ou conhecimento sobre um tema jurídico. A forma como você faz isso vai depender da sua personalidade, criatividade, seus objetivos, mas sempre respeitando as diretrizes da OAB sobre sobriedade e discrição.
É importante estar atento às particularidades de cada rede e do seu público-alvo ao produzir conteúdo. Caso contrário, em vez de alcançar e educar o público, você vai afastá-lo, ou investir em conteúdos que sequer serão consumidos.
Por mais que exista uma cultura e estética específicas do discurso e da imagem do advogado, as redes sociais são usadas por quem busca coisas rápidas, objetivas e que não cansam o cérebro. Tenha isso em mente ao produzir conteúdo para seu público. Sua intenção não é apenas impressioná-lo, mas sim, fazê-lo entender alguma coisa que o levará a perceber que precisa de um advogado.
Engajamento com o público e potenciais clientes
As redes sociais são um meio eficaz para escritórios de advocacia se envolverem com a comunidade local, ou até mesmo global, e até mesmo com a sua carteira já formada de clientes.
São uma forma de inserir seu escritório em discussões relevantes no momento, ou ainda, propor ou iniciar novas discussões.
Só é preciso tomar cuidado para não incidir na proibição de “responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social” (art. 42, I, do Código de Ética).
Geração de leads / Inbound marketing e CRM
As redes sociais também podem ser “portas” para aquisição de leads (contatos).
Na integração de inbound marketing jurídico e CRM (gestão de relacionamento com o cliente), usamos o conceito da jornada de compra para descrever o caminho traçado no relacionamento de um indivíduo com um escritório/advogado — desde o momento em que aquele toma contato com este pela primeira vez, até o momento em que esse relacionamento culmina em uma venda.
Essa estratégia é mais eficiente quando iniciada no seu site, pois nele você consegue colher dados sobre seus leads (em conformidade com a LGPD) e pedir deles um contato e autorização para enviar comunicações mais diretas. Porém, as redes sociais podem funcionar como um atalho ou gatilho para conduzir seu público até seu site.
Estratégias como conteúdos patrocinados e campanhas de segmentação podem alcançar públicos específicos com alto potencial de conversão.
Além disso, as redes sociais permitem que os escritórios cultivem relacionamentos com clientes em potencial ao longo do tempo, construindo confiança e oferecendo valor antes mesmo do primeiro contato pessoal.
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Alexandre de Souza Teixeira
Head – Sócio Fundador da In Company e especialista em marketing jurídico desde 2005.
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