O “hype” do marketing de conteúdo já dura há quase 30 anos. Você já ouviu falar em alguma moda que dure tanto tempo?
A consolidação do marketing de conteúdo por tanto tempo só mostra o quanto ele é eficiente para atingir objetivos de marketing. Ainda que tenha passado por picos ou que tenha mostrado resultados mais evidentes para influencers de entretenimento do que para outros setores, é fato que o marketing de conteúdo é uma das melhores estratégias para setores e profissões que precisam de atributos como credibilidade e seriedade para ganhar clientes. A advocacia, por exemplo, é uma das áreas que mais se beneficiam com o marketing de conteúdo. E tudo indica que isso continuará acontecendo.
Confira a nossa análise, estatísticas da projeção do mercado de marketing de conteúdo e dicas de como selecionar o melhor tipo de conteúdo jurídico para se preparar para o futuro.
Qual é a projeção para o mercado de marketing de conteúdo?
O marketing de conteúdo é visto como o presente e o futuro do marketing há quase 3 décadas, desde que Bill Gates disse a frase que se tornou famosa e símbolo desse nicho: “content is king”, em um ensaio de 1996.
Desde então, diversas projeções são feitas para o futuro do marketing de conteúdo; inclusive algumas no sentido de que esse mercado sofreria uma saturação e entraria em decadência. Durante a pandemia, o “boom” de conteúdo digital fez com que muitos acreditassem que a bolha iria explodir a qualquer momento e o conteúdo não funcionaria mais como estratégia.
Mas passada a pandemia, as estatísticas não confirmam que houve uma decadência. Pelo contrário:
- em uma pesquisa de 2022 feita pelo Content Marketing Institute (CMI), 70% das empresas com modelo de negócio B2C disseram que usavam marketing de conteúdo como parte da sua estratégia de marketing;
- em uma pesquisa de 2023 feita pela Semrush, 97% das empresas de marketing consideravam sua estratégia de marketing de conteúdo bem sucedida.
Tudo indica que esses dados seguirão positivos. A projeção é que o mercado de marketing de conteúdo atinja uma taxa de crescimento anual composta de pelo menos 13% até 2031.
Como o marketing de conteúdo fará a diferença na advocacia do futuro
Enquanto advogados se perguntam se serão substituídos por robôs e se preparam para incorporar a Inteligência Artificial em suas atividades, o fato é que sua autoridade e a credibilidade transmitida pela imagem do advogado serão ainda mais importantes.
Na era do deep fake, da facilidade de IAs inventarem informações sem passar por um fact checking, a informação que sai da boca de um ser humano que de fato estudou para falar sobre um assunto será ainda mais valorizada.
Como o advogado nem sempre terá a oportunidade de demonstrar seu conhecimento pessoalmente, sobretudo para quem ainda não é seu cliente, o marketing de conteúdo continuará sendo uma estratégia eficaz para distribuir conteúdo que demonstre seu conhecimento e experiência em sua área de atuação.
Naturalmente, o futuro demandará estratégias otimizadas para transmitir ainda mais veracidade e driblar o risco de ser confundido com um fake, ou até mesmo o risco de ser vítima desse tipo de conduta. Tendemos a crer que essas otimizações se darão com ajustes na frequência e tom de voz dos conteúdos, exigindo maior aliança com uma estratégia de branding, para que seu público de fato entenda quem é você, e a partir disso, saber identificar o conteúdo que de fato vem de você.
Áudio, vídeo ou texto? Qual é o conteúdo jurídico do futuro?
Em termos gerais sobre o mercado de marketing, o crescimento do TikTok e outras mídias de vídeos curtos sugerem que esse tipo de conteúdo deve ser o mais consumido no futuro. Ser capaz de transmitir informação relevante de forma rápida, objetiva e atraente é sem dúvidas um diferencial no marketing de conteúdo.
Mas essas perspectivas não necessariamente excluem outras estratégias como os textos (blog posts, artigos, e-books) e conteúdos de áudio (podcasts, audiobooks).
Na advocacia, o conteúdo de texto costuma funcionar melhor, pois ainda é associado a características como credibilidade e seriedade. Além disso, o conteúdo jurídico constantemente é composto de informações mais técnicas (prazos, números, nomenclaturas jurídicas não dominadas pelo público leigo), que são melhor absorvidas quando o usuário tem a chance de reler, anotar etc.
Porém, em todo caso, conteúdos também são sujeitos à preferência do público-alvo. Você precisa entender como a sua persona mais engaja com seus conteúdos, qual é o perfil deles, para assim entender como criar o tipo de conteúdo que vai gerar mais impacto.
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Alexandre de Souza Teixeira
Head – Sócio Fundador da In Company e especialista em marketing jurídico desde 2005.
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