Redes sociais são, para muitos escritórios de advocacia, o primeiro canal de contato com possíveis clientes. Esse pode ser o início de uma jornada de relacionamento poderosa. Mas se esse relacionamento só ocorre nas redes, há uma fragilidade na sua estratégia de marketing jurídico. Afinal, as redes sociais são plataformas em constante transformação. A qualquer momento, tudo pode mudar, e não exatamente de uma forma positiva. Só nos 6 primeiros meses de 2025, já tivemos diversas mudanças em funcionalidades de redes como o Instagram, TikTok e LinkedIn.
Como manter uma estratégia de marketing jurídico que sobreviva a isso e não demande esforços gigantescos para se adaptar a cada vez que uma rede social muda algo? Confira nosso artigo para saber:
- quais foram as principais mudanças do Instagram, TikTok e LinkedIn no primeiro semestre de 2025;
- como adaptar o marketing jurídico às mudanças constantes das redes sociais;
- 5 dicas para criar um fluxo de marketing jurídico que te ajude a se adaptar às mudanças das redes sociais;
- como decidir se as redes sociais devem ser uma estratégia principal ou acessória em seu projeto de marketing jurídico.
Redes sociais no primeiro semestre de 2025: quais foram as principais mudanças?
Nos primeiros meses de 2025, algumas redes sociais passaram por transformações significativas, como:
O Instagram alterou o formato das fotos do feed, priorizando imagens mais verticais (4:5), de modo que o feed de cada página está ainda mais parecido com o feed do TikTok. Além disso, ao acessar o feed de alguém, por vezes o Instagram tem mostrado primeiramente as fotos nas quais o dono da conta está marcado.
Outras mudanças importantes foram: o fim das “notas” nos posts de terceiros, o impulsionamento de vídeos curtos, o aumento do foco em ferramentas de comunidade, como canais de transmissão e grupos fechados.
TikTok
O TikTok integrou novos formatos de pesquisa com IA, aprimorando e potencializando ainda mais uma tendência que já tinha se consolidado: ser não apenas em uma rede de entretenimento, mas também em um canal de busca, onde usuários procuram respostas para dúvidas práticas.
O LinkedIn ampliou seu alcance para além do público estritamente corporativo e passou a testar formatos de conteúdo multimídia, como vídeos breves que têm sido utilizados pelos usuários da rede para mostrar suas rotinas de trabalho e abordar verbalmente assuntos que antes eram objeto de textos.
Como adaptar o marketing jurídico às mudanças constantes das redes sociais?
Essas mudanças que comentamos acima mostram que, em vez de estabilidade, o que se pode esperar das redes sociais é movimento constante.
Por exemplo, muitas marcas que planejavam cuidadosamente o design dos posts do Instagram para formar um feed harmônico agora viram seus feeds desfigurados, já que o novo formato de posts do Instagram pode “cortar” partes do texto ou imagem do post que vemos no feed.
Os algoritmos mudam, as funcionalidades mudam, às vezes redes criam novas funcionalidades para se assemelhar ou competir com outras… nenhum formato é fixo.
Isso exige flexibilidade dos escritórios de advocacia ao elaborar estratégias de marketing.
Adaptar-se a isso não envolve apenas dominar funcionalidades, mas sim, entender os princípios por trás da criação de conteúdo relevante e ético, e além disso, não apostar todas as suas estratégias de marketing jurídico nas redes sociais.
5 dicas para criar um fluxo de marketing jurídico que te ajude a se adaptar às mudanças das redes sociais
Naturalmente, cada nova mudança nas redes sociais pode merecer que você repense estratégias. Mas há como criar uma base estratégica de práticas e fluxos que te permitam mitigar os efeitos dessas mudanças. Por exemplo:
- Foque em conteúdos evergreen (perenes, não efêmeros ou que dependam muito do contexto do momento). Você pode balancear esse tipo de post com outros mais circunstanciais, que abordem assuntos “do momento”. Mas o ideal é que estes não sobreponham os posts evergreen. Crie conteúdo que mantenha seu valor mesmo com o passar do tempo, mesmo que o algoritmo mude.
- Evite modismos, como dancinhas ou desafios que não têm conexão com a identidade do escritório. Estes conteúdos perdem validade muito rapidamente.
- Aposte em formatos diversos, para garantir que seu conteúdo seja acessado independentemente da preferência do público ou das atualizações da plataforma.
- Observe métricas de comportamento, e não apenas de vaidade. Na prática, curtidas e seguidores podem significar menos do que comentários com dúvidas reais, tempo de visualização e mensagens recebidas.
- Busque comunicação verbal e textual clara, acessível e objetiva. Não exagere no juridiquês. As ferramentas mudam, mas a necessidade de se comunicar com clareza e humanidade permanece.
Redes sociais: estratégia principal ou acessória?
Embora as redes sociais sejam extremamente úteis para fortalecer a presença digital de um escritório, elas não devem ser a única base da sua estratégia de marketing jurídico.
Redes sociais são plataformas de propriedade de terceiros e você é praticamente um licenciador do seu conteúdo para eles.
Isso significa que você não tem controle real sobre a permanência do conteúdo, não tem propriedade sobre os dados que são gerados lá.
Mudanças repentinas, como suspensões de contas, alterações de algoritmo ou até mesmo a falência de uma plataforma, podem prejudicar a sua estratégia, sobretudo se você não tiver outros canais de contato estruturados.
Por isso, o ideal é que as redes sociais sejam parte de uma estratégia maior, que envolva:
- um site institucional com blog;
- uma estratégia de conteúdo relevante e de qualidade que não seja distribuído apenas pelas redes sociais;
- estratégias de SEO, tráfego orgânico e pago para que seu site e blog se posicionem bem no Google;
- um sistema de CRM para gerir sua carteira de leads, clientes e relacionamentos profissionais.
Foque em estratégias e plataformas sobre as quais você consiga adquirir algum tipo de propriedade (por exemplo, o nome de domínio e a página) e controle.
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Alexandre de Souza Teixeira
Head – Sócio Fundador da IN COMPANY e especialista em marketing médico e saúde em geral.
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