Entenda como incorporá-la no marketing do seu escritório de advocacia.
Visual law veio pra ficar, como o processo digital e outras inovações jurídicas, ou é moda passageira?
Há quem pense que é apenas uma tendência de viés estético, ou ainda, que ele não coaduna com a sobriedade da advocacia. Mas o que será que a lei diz sobre isso? E será que o Judiciário aceita petições elaboradas com recursos de visual law?
Além de responder a todas essas perguntas, esse artigo vai te ensinar ainda mais: você vai aprender como o visual law pode ser incorporado nas suas ações de marketing jurídico.
Ao final dessa leitura, você entenderá que o visual law pode melhorar a sua forma de advogar, mas também, a sua forma de conseguir mais clientes.
Confira!
O que é visual law?
O visual law é o uso de recursos visuais e design (padrões gráficos, cores, imagens) nos documentos utilizados no dia a dia do Direito, em âmbito processual ou extraprocessual.
Embora muitas pessoas acreditem que ele seja simplesmente um sinônimo de “design gráfico”, o visual law vai além de timbrar o papel com a logomarca do escritório ou usar fontes coloridas.
O visual law é todo e qualquer recurso visual utilizado para deixar as peças e documentos mais acessíveis, claros, facilitando a localização das informações e o entendimento do que está sendo colocado.
Logo, essa não é uma prática de caráter meramente estético. Está mais voltada para a acessibilidade, para que a importância da informação contida no documento não se perca em meio à sobriedade (e muitas vezes, ininteligibilidade) da forma.
O visual law pode ser considerado uma espécie do gênero “legal design”, que também é focado em melhorar o “desenho” dos serviços jurídicos, ou seja melhorra o entendimento da informação de forma mais clara e rápida.
Visual law é “modinha” ou é uma nova realidade?
O visual law tem se popularizado na década de 2020, mas a verdade é que é mais velho que isso.
Um dos primeiros registros de que se tem notícia sobre o uso desse termo e metodologia é de 2013: o artigo científico “Visual Law in practice: visual legal design workshop at Stanford University”, de Colette R. Brunschwig, da Universidade de Zurique (Suíça). O próprio título do artigo já indica que, nessa época, existiam workshops de visual law.
Destaca-se também a conferência “Legal Design Week”, que aconteceu em Londres (Reino Unido), no ano de 2018. Acredita-se que a difusão do termo “legal design” atrelado ao visual law se deu nesta conferência.
Quanto ao Brasil, há notícias de que o visual law já era usado em 2017, o primeiro curso de visual law foi lançado em 2019, pela
Thomson Reuters.
Em 2020, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou a Resolução n.º 347/2020, estimulando o uso do visual law, no art. 32, parágrafo único: “Sempre que possível, dever-se-á utilizar recursos de visual law que tornem a linguagem de todos os documentos, dados estatísticos em ambiente digital, análise de dados e dos fluxos de trabalho mais claros, usuais e acessíveis.”
Como se pode perceber, não é uma novidade e tudo indica que não será passageira.
Se até o Poder Judiciário o reconhece e estimula o seu uso, é porque se trata de uma ferramenta entendida como algo capaz de melhorar o exercício da prestação jurisdicional.
Da mesma forma, o visual law pode ser incorporado à realidade de todos os profissionais do Direito. E assim como a tecnologia e as redes sociais se tornaram parte natural e essencial da advocacia, pode-se esperar que aconteça a mesma coisa com o visual law.
Muito mais que uma tendência, o visual law é a evolução de uma realidade já posta e que visa apenas aperfeiçoar os meios, sem prejudicar os fins.
O Judiciário aceita petições com visual law?
Como dissemos no item anterior, o CNJ não somente aceita o visual law, como também determina que ele deve ser usado “sempre que possível” pelo Poder Judiciário.
Então, é evidente que o Judiciário vê o visual law com bons olhos.
Inclusive, já se tem notícia de Juízes que aceitam petições produzidas dessa maneira. Por exemplo, no processo n. 0600427-42.2022.6.19.0000, do TRE-RJ, houve protocolo de Contrarrazões ao Recurso elaboradas com recursos visuais (clique aqui para ver a petição).
Entenda como você pode aplicar visual law no marketing jurídico
Assim como nas propostas, petições e contratos, os recursos visuais também podem ser usado nas ações de marketing jurídico:
- nos artigos do seu blog;
- nas newsletters;
- nos posts para rede sociais;
- nos conteúdos de vídeo;
- nos e-mails;
- e em todos os outros conteúdos e canais de comunicação com seu lead/cliente.
Isso significa pensar o Direito e a comunicação sob uma perspectiva mais visual, tentar tornar a informação mais clara para seu lead por meio do uso de imagens, design gráfico e outros recursos visuais.
Veja algumas dicas para conseguir incorporar o visual law no marketing jurídico
- Busque sempre se questionar: o que eu sinto quanto “bato o olho” nesse post, nesse conteúdo, e-mail etc?
- Coloque-se no lugar do seu lead/cliente. Se ele tem uma dúvida e você como advogado quer sanar essa dúvida por meio do marketing de conteúdo, pergunte-se:
- Será que meu conteúdo está “embalado” em uma identidade visual que vai atrair meu lead?
- Será que, mesmo estando rico de informações, meu texto vai despertar vontade de ler?
- Ou será que meu lead vai “bater o olho” e pensar: “Que parágrafos longos! Que letra pequena! Que coisa mais chata! Vou levar um tempão para achar a informação que eu preciso! Não quero ler isso, vou buscar essa informação em outro lugar“.
- Quando for explicar um conceito jurídico, ou uma regra que abranja diversas condições ou exceções, opte por usar listas, bullet points, formas gráficas etc
- Tente sempre “quebrar” o seu texto em diversos subtópicos e use as fontes, cores e tamanhos para sinalizar essa divisão de tópicos visualmente ao longo do texto
- Nos vídeos, também é possível usar de recursos visuais, inserindo imagens ou esquemas gráficos, de forma inserida ou alternada com o vídeo onde você aparece falando
Recursos visuais e UX no marketing
De certa forma, o visual law tem pontos em comum com a experiência do usuário (User Experience, ou UX), um conceito muito aplicado no marketing digital. Significa pensar em como seu lead vai se sentir ao tomar contato com seu site, posts etc. O UX pensa em questões como:
- Seu site é fácil de usar?
- A navegação é intuitiva?
- É fácil encontrar as informações que seu lead precisa dentro do seu site?
- Seu texto desperta vontade de ler quando seu cliente abre a página?
- A leitura dele é cansativa?
- As cores e tamanho da letra dificultam o entendimento?
- Ele tem imagens, vídeos, exemplos e outros elementos visuais que o enriquecem?
Tudo isso também é pensado no visual law. Como você pode perceber, ele tem vários pontos de aproximação com o marketing. Quanto mais você aprende sobre ambos, mais pode melhorar a sua forma de advogar e a forma de conseguir novos clientes com marketing jurídico.
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Alexandre de Souza Teixeira
Head – Sócio Fundador da In Company e especialista em marketing jurídico desde 2005.
41.3362-1330 / 41. 99689-2980