Como se o marketing e a tecnologia já não fossem dinâmicos por natureza, no ano de 2020 vimos essas áreas crescerem ainda mais na Medicina – e novos hábitos surgindo também.
A pandemia da COVID-19, a LGPD e a evolução da robótica e inteligência artificial são alguns dos fatores que influenciaram estes hábitos e fizeram surgir novas ferramentas.
Confira a nossa análise das tendências da tecnologia e Medicina para 2021 e veja se o seu consultório ou hospital se encaixa em algum desses casos!
Robôs médicos
A tecnologia segue trazendo novas possibilidades de inserção da robótica e inteligência artificial na Medicina, com potencial para ajudar médicos e pacientes.
Na verdade, os robôs médicos não são exatamente uma novidade: os primeiros casos de robôs que atuam em cirurgias são de mais de 20 anos atrás, quando o hospital parisiense Broussais usou um robô na realização de cirurgias cardíacas em 6 pacientes, em 1998.
De lá até hoje, já se vê no mercado robôs ainda mais sofisticados.
Os modelos mais comuns são de braços robóticos, com microcâmeras ou visões ampliadas em 3D.
Na pandemia, a procura por esses robôs aumentou bastante, inclusive no Brasil, trazendo discussões sobre a necessidade de nova regulamentação da telemedicina.
Automação de processos
Seja para reduzir os erros, para aumentar ou agilizar a capacidade de atendimentos, várias clínicas e hospitais têm optado pela automação de rotinas administrativas.
Procedimentos como o controle de agenda, comunicação com clientes e até o gerenciamento de prontuários podem ser feitos com softwares ou robôs, por meio da RPA (automação robótica de processos).
Inventário de dados clínicos
A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe a todos os estabelecimentos uma série de obrigações com os dados pessoais armazenados.
Para que a Medicina esteja em conformidade com a Lei, muitos profissionais que já mantinham inventários ou bancos de dados estão efetuando ajustes, como:
- automação de backup, para fins de segurança e proteção;
- sofisticação dos mecanismos de classificação e busca dos dados, para facilitar o acesso ao titular que faça alguma solicitação;
- automação de eliminação de dados, de acordo com o princípio da finalidade (que determina que os dados só podem ser tratados com finalidades específicas, por um prazo de duração informado ao usuário);
- entre outros.
Inbound marketing médico
Dois fenômenos aparentemente contraditórios aconteceram durante a pandemia: houve um aumento na procura por conteúdo, mas também houve uma saturação de conteúdo.
Quem se destacou foi quem soube criar um conteúdo diferenciado, sem cair nos clichês que causam rejeição e cansaço nos usuários das redes sociais e da Internet em geral.
Nesse contexto, para a Medicina, o inbound marketing foi destaque.
Essa vertente do marketing prioriza o investimento em ações que atendam às necessidades do usuário, para ser encontrado por ele, em vez de ir ao encontro dele como nas formas tradicionais de publicidade e propaganda.
Blogs, podcasts, vídeos, webinars, conteúdo original em redes sociais, e-books, participação em eventos e entrevistas para artigos jornalísticos são algumas das formas de posicionamento digital no inbound marketing médico.
Como será daqui pra frente?
Entre as tendências que você leu neste artigo, algumas requerem adaptação imediata – como a adequação à LGPD.
Outras, embora não sejam obrigatórias, já são uma realidade, e é só uma questão de tempo até se tornarem a norma.
O inbound marketing médico é uma delas.
Como o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem diretrizes bastante restritas para a publicidade, o inbound marketing sempre foi uma alternativa perfeita para os médicos.
Mas o momento atual é ainda mais propício para começar a investir no inbound marketing médico e marketing digital. As pessoas que tinham alguma rejeição ao uso da Internet para conhecer novos profissionais antes da pandemia, agora já a aceita como o veículo principal de informação.
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Alexandre de Souza Teixeira
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