Artigos Postado no dia: 23 agosto, 2022

Publicidade na advocacia: entenda como a sua MARCA jurídica gera negócios

Sua MARCA jurídica é um ativo muito importante, talvez o principal. Se você ainda não a enxerga assim, pode estar desperdiçando o potencial de gerar diversos negócios com um esforço de marketing muito menor.

Mas você sabe realmente o que é uma marca além do conceito que ela tem na legislação? Sabe o que é branding, e como uma marca tem o poder de se comunicar com as pessoas de uma forma que pode se refletir nos seus resultados financeiros?

Preparamos um artigo feito para você, que é advogado, mas que já entendeu que precisa de habilidades extrajurídicas para aumentar suas receitas e melhorar o seu posicionamento no mercado. Nesse artigo, vamos te introduzir a noções básicas de marca e branding. Você vai entender como se cria e gere uma marca jurídica para que ela desperte no público as sensações que vão influenciar na decisão de compra. Acompanhe!

Entendendo o conceito de “marca” além do Direito

No Direito, mais especificamente na área da Propriedade Intelectual/Industrial, a palavra “marca” tem uma conotação bastante específica: ela se refere aos sinais distintivos e visualmente perceptíveis que distinguem produtos e serviços uns dos outros.

Mas no ramo da comunicação e negócios, o conceito de marca é bem mais amplo. Abrange, inclusive, elementos que não são visualmente perceptíveis, como os valores e as associações mentais.

Portanto, a marca também pode ser considerada um conceito intangível, que serve para identificar produtos e serviços, mas que está mais ligada à pessoa ou empresa que os fornece do que a eles próprios.

A função da marca, na comunicação e nos negócios, não é apenas deixar claro que determinado produto ou serviço é oferecido por uma pessoa/empresa e não outra, mas também criar reconhecimento e desejo relacionados a esta marca. Uma marca comunica mensagens, valores e uma série de elementos que nem sempre vão influenciar diretamente em uma decisão de compra, mas irão construir uma imagem na mente do consumidor e torná-lo mais propício a comprar dela com o passar do tempo.

É nesse sentido que foi criado o branding, que se refere à criação e gestão de marcas. Como o próprio termo sugere, o branding vê a marca (“brand”) como um verbo: ela exige constante ação e monitoramento.

 

Qual é a importância do branding para advogados?

Existem muitas crenças sobre o que realmente leva alguém a comprar de uma pessoa/empresa e não de outra.

No comércio, muito se acredita que seja o preço.

Na advocacia, muito se acredita que seja a expertise técnica ou o número de causas ganhas.

Tudo isso está correto, mas há um outro fator que nem todos reconhecem e que faz a diferença de forma muito mais sutil: o branding e a força da marca.

É simples entender isso quando pensamos em várias vezes nas quais nós mesmos desejamos comprar algo de uma marca específica, mesmo sabendo que há outras mais baratas, outras com a mesma qualidade e que até mesmo nossos amigos ou familiares preferem.

Esse é o diferencial de uma marca bem construída e que fala de forma certeira com seu público alvo. Essa “comunicação” entre a marca e seu público alvo se dá em níveis variáveis de consciência e percepção. A marca comunica muitos atributos que geram o desejo de consumi-la, e que vão além da oferta de seus produtos e serviços.

Na advocacia, não é diferente.

Uma marca jurídica bem gerida tem o potencial de trazer clientes e gerar negócios.

Sabe por quê? Porque a marca jurídica é que constrói ativos intangíveis que são verdadeiros diferenciais na escolha de um escritório de advocacia, tais como:

  • credibilidade;
  • autoridade sobre um assunto;
  • admiração;
  • identificação;
  • confiança;
  • desejo de conexão/pertencimento;
  • e vários outros.

 

Como construir a sua marca jurídica

A construção de uma marca jurídica começa na escolha do nome do seu escritório. A OAB tem diretrizes expressas sobre o padrão a ser usado nos nomes das sociedades de advocacia (art. 16 do Estatuto da OAB); mas mesmo assim, quando há muitos sócios, é importante que a escolha dos nomes que aparecem ou não, e a ordem em que aparecem, seja objeto de uma atenção especial e pensamento estratégico sobre os possíveis futuros da sua sociedade.

Depois, há a criação de uma logomarca e identidade visual para a comunicação visual do escritório. Também é preciso seguir as diretrizes da OAB, combinando-as com a sua personalidade, identidade, valores e o tipo de mensagem que você gostaria de transmitir aos seus clientes.

Isso é só o começo!

A marca jurídica também envolve todo o planejamento de:

  • tom de voz da marca;
  • causas que apoia e às quais gostaria de ser associado na mente do público;
  • público-alvo e as melhores estratégias, canais, palavras para se comunicar com ele.

Tudo isso deve ser pensado antes de começar as suas ações de marketing e conteúdo, porque são esses valores que vão ditar a escolha dos temas, a forma como serão abordados em texto ou fala, os meios de distribuição desses conteúdos etc.

Se a sua identidade visual comunica algo, mas seu conteúdo comunica outro, há um choque e isso vai dificultar que a sua marca seja bem compreendida e tenha uma posição bem construída na mente das pessoas.

Tenha em mente que a marca se constrói nos detalhes: no atendimento, na construção das frases, nas expressões que você usa, até mesmo no tipo de rede social que você escolhe estar presente ou não (o grande teórico da comunicação Marshal McLuhan dizia que “O meio é a mensagem”).

Quando sua marca jurídica é bem construída, maior a chance de haver um “match” entre ela e o tipo de pessoa que você quer ter como cliente. A partir desse “match”, essa pessoa passará a ter maior interesse e curiosidade pela sua marca, e admirá-la continuamente. Havendo essa admiração, você precisa de muito menos esforço para se tornar o advogado escolhido por essa pessoa quando ela estiver pronta para contratar um serviço jurídico.

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              Alexandre de Souza Teixeira

              Head – Sócio Fundador da In Company e especialista em marketing jurídico há 17 anos.

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