Marketing jurídico e o Código de Ética da OAB ainda parece uma combinação difícil de harmonizar para você? Você não é o único. Mesmo com a homologação do Provimento 205, em agosto de 2021, pelo Conselho Federal da OAB, muitos escritórios ainda têm dúvidas. Alguns também têm receio de investir em marketing por falta de conhecimento, ou por viverem em uma cultura mais tradicional do interior do Brasil, que sempre colocou medo nos advogados com relação a esta matéria: marketing.
Este será o tema de uma palestra que eu darei na ESA OAB/PR em 23/03/2022, às 19h com transmissão ao vivo pelo Youtube da ESA OAB PR. Mas você também pode conferir uma prévia neste artigo.
Acompanhe a leitura e entenda quais são as principais estratégias de marketing jurídico que se harmonizam com o Código de Ética da OAB — e ainda por cima, conseguir excelentes resultados de branding e retorno financeiro!
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Marketing jurídico: quais mídias e táticas de divulgação não podemos utilizar?
Sabendo que a OAB impõe algumas restrições ao marketing, muitos advogados têm receio de usar as mídias erradas e serem punidos por isso. Então, faz sentido começarmos falando das mídias e táticas de divulgação que não podemos utilizar no marketing jurídico. São elas:
- Outdoor e painéis luminosos;
- Carros de som;
- Mala direta;
- Panfletos;
- Distribuição pública de cartões de visita;
- Anúncios comerciais na TV ou no rádio;
- Anúncios com uso de símbolos oficiais ou símbolos que sejam utilizados pela OAB;
- Anúncios com fotografias, ilustrações, cores, figuras, desenhos, logotipos, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia;
- Anúncios em que a advocacia seja divulgada em conjunto com outra atividade;
- Anúncios que divulguem preços, nomes de clientes, e outros mecanismos para persuadir o público a contratar seus serviços;
- Compra de espaço em premiações e rankings;
- Entre outras descritas no Provimento n.º 205/2021 e no artigo 40 do Código de Ética da OAB.
Quais mídias e táticas de divulgação que podem ser utilizadas no marketing jurídico?
Não desanime, tem muito mais ações que podem serem feitas do que não.
As possibilidades são muitas, e você ainda pode usar sua criatividade e estratégias para potencializar ainda mais estas mídias e táticas dentro dos limites permitidos pela OAB.
Confira algumas mídias e táticas de divulgação que podem ser utilizadas no marketing jurídico, com total consonância com as diretrizes da OAB;
- Uso de redes sociais para conteúdos informativos;
- Blog posts com conteúdos informativos;
- SEO para melhor posicionamento no Google;
- Newsletters;
- Logomarca e identidade visual própria;
- App do escritório;
- Landing pages específicas para cada área de atuação do escritório;
- E-books;
- Palestras e webinars (online ou offline);
- Participação em eventos jurídicos ou não jurídicos;
- Podcasts;
- Vídeos para Youtube e demais redes sociais;
- Transmissões ao vivo via Instagram, Facebook, Youtube;
- Enviar convites de amizade no LinkedIn;
- Entrevistas para a mídia impressa, digital, TV ou rádio, com teor informativo e em caráter abstrato, sobre situações que envolvem algum conhecimento jurídico;
- Divulgação de fotos do escritório, desde que não impulsionadas;
- Divulgação da qualificação e títulos do advogado ao fim do seu conteúdo informativo;
- Venda de cursos e livros;
- Vídeos de performance do advogado em audiências, desde que respeitados os processos em segredo de justiça, o sigilo profissional, a dignidade, e não divulgando a decisão ou resultado do caso;
- Google Ads (patrocínio de palavras-chave);
- Impulsionamento de posts nas redes sociais, desde que sejam informativos/educativos.
- Estratégia de funil de vendas;
- Software de CRM (Customer Relationship Managament);
- Automação de e-mails para leads que se cadastraram de forma espeontânea na sua plataforma;
- Planejamento de mídia voltado para uma determinada região geográfica ou tipo de público (segmentação por idade, gênero, profissão etc);
- Eventos de networking offline ou online;
- Eventos institucionais;
- Outras ações de inbound marketing, marketing digital, marketing de conteúdo, marketing de relacionamento.
Tudo isso é permitido!
A tríade estratégica do marketing jurídico: tecnologia, design e distribuição de conteúdo
Agora que você já viu tudo que pode ser feito no marketing jurídico, recomendamos que você preste muita atenção na tríade acima para desenvolver o seu proejto!
Esses 3 aspectos são muito importantes no planejamento de marketing do escritório.
Tecnologia
A matéria-prima do marketing jurídico é o conteúdo, mas é importante ter tecnologia que suporte essa comunicação.
Sem tecnologia adequada, você fica sem ter onde armazenar todo o seu conteúdo e os dados que você retém na sua estratégia de relacionamento com o mercado. Hospedagem com pouco armazenamento de dados, links quebrados e site que fica fora do ar são elementos que podem prejudicar sua estratégia, além de passar uma péssima impressão ao seus clientes.
Por fim, a tecnologia também te ajuda a ranquear melhor no Google, pois os robôs do Google fazem essa leitura e preferem sempre indicar sites que carregam rápido, rodam bem, têm poucos links quebrados.
Design
É preciso ter um design que converse com seu público e transmita a sua identidade. O design é uma chance de posicionar sua marca por meio de elementos intangíveis e que às vezes até mesmo ficam implícitos. São coisas como cores, tamanhos, fontes, figuras. Tudo isso ajuda a formar a percepção do seu público sobre você, mesmo que inconscientemente.
Além disso, o design também deve levar em conta a experiência do usuário, oferecendo uma navegabilidade tranquila aos olhos, uma leitura agradável, e outros aspectos visuais que facilitam o engajamento da pessoa com o seu site e o seu conteúdo.
Logística de distribuição de conteúdo
Como dissemos anteriormente, o conteúdo é a principal matéria-prima do marketing jurídico. Afinal, a OAB preleciona que o teor da publicidade advocatícia deve ser informativo.
Dessa forma, o conteúdo jurídico de natureza informativa/educativa não é apenas um ato de comunicação. É um ato de civilismo, pois ajuda a sociedade a compreender melhor as leis e compreender o papel do advogado.
A OAB quer que você faça marketing jurídico. Isso é bom para ela, para a classe advocatícia, e para a sociedade. Desde que seja feito da forma correta, o marketing de conteúdo jurídico é bom para todos.
Logo, ter um bom conteúdo é fundamental. Mas não é tudo!
Você precisa ter uma boa logística de distribuição desse conteúdo. Caso contrário, ele não vai alcançar as pessoas, ou no mínimo, não vai alcançar quem você deseja.
Por isso, deve-se estabelecer as formas de “embala” esse conteúdo e os canais para onde você vai distribuí-lo.
Você precisa se fazer perguntas como:
Será um conteúdo escrito? Conteúdo de áudio? Vídeo? Você vai publicá-lo no seu site? Ou em um portal jurídico? Ou no seu perfil no Instagram? Vai montar um e-book? Vai transformar esse conteúdo em uma palestra?
Veja como há diversas possibilidades. Não é obrigatório explorar todas. Tudo vai depender da sua estratégia e seus objetivos.
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Até a próxima e um abraço.
Alexandre de Souza Teixeira
Head – Sócio Fundador da In Company e especialista em marketing jurídico há 17 anos.
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